MANUTENÇÃO MODERNA

Tradicionalmente, no sector industrial português, a manutenção tem sido caracterizada como um custo necessário para as empresa. Esta catalogação deve-se a um passado ligado a uma gestão pouca orientada para a eficiência e ausência de definição de objectivos. 

Na maioria das vezes, para ultrapassar as dificuldades, os gestores contratavam um número excessivo de colaboradores que, embora colmatassem os problemas do dia a dia, continuavam a contribuir para aumentar a ineficiência. 

Com a crise dos últimos anos, as empresas foram obrigadas a reduzir custos, sendo uma das primeiras acções a redução do orçamento atribuído à secção de manutenção e consequentemente a redução dos meios técnicos e humanos disponíveis. Esta situação melhora a curto prazo a eficiência da manutenção, quando controlada e com uma mudança da visão para a optimização dos recursos, mas com frequência as politicas de gestão mantêm-se e são ultrapassados os limites mínimos para o bom funcionamento da manutenção, o que provoca a diminuição da capacidade de intervenção, e implica a redução das intervenções, a perca de recursos técnicos mais experientes e a diminuição do know-how técnico das empresas.


Como na maioria dos casos o resultado destas reduções não é imediato, os gestores de topo são induzidos a concluir que se encontram no bom caminho e que realmente o custo da manutenção seria custo demasiado elevado para as necessidades. As consequências destas reduções começam a sentir-se passados um ou dois anos quando os equipamentos por ausência de manutenção começam a parar com frequência e a prejudicar a produção.

Nesta fase, a gestão de topo questiona os gestores da manutenção sobre os resultados obtidos, comparando com os resultados mais recentes onde já com meios reduzidos conseguiam atingir melhores valores. Em consequência desta politica começa-se a reduzir a disponibilidade do parque de máquinas instaladas, a prejudicar a qualidade dos produtos, comprometendo a eficiência da unidade industrial e a aumentar significativamente os custos.

Esta fase tem de ser encarada pelos gestores da manutenção, não como um problema, mas como a oportunidade para reestruturar a secção transformando-a numa secção de manutenção "moderna". O primeiro passo é, com o apoio da gestão de topo, repensar na nova política de manutenção e definição dos objectivos a atingir.

Alguns pontos a seguir passam por dimensionar os recursos mínimos de manutenção que possibilitam a assistência eficiente do parque de máquinas, listar os equipamentos críticos, focando os meios existentes nos mesmos, definir os spares essenciais existentes em armazém, apostar na formação necessária para melhorar o know-how da equipa, apostar na manutenção condicionada para realizar as intervenções sobre os equipamentos, quando são realmente necessárias. É ainda importante focar os custos na eficiência energética tendo em conta que este é, actualmente, um dos maiores custos da industria em Portugal. E este é o grande desafio!






A Manutenção Moderna tem como principais objectivos com equipas altamente motivadas e eficientes reduzir os custos, melhorar a eficiência e a produtividade na industria.





Se quiser ser notificado dos próximos artigos do blog Manutenção Industrial Moderna, cadastre o seu e-mail no canto superior direito. O seu e-mail não será usado para outros fins.

Comentários