Embora o nome deste blog seja manutenção industrial moderna, a manutenção autónoma tem sido um assunto abordado já há algum tempo. A manutenção autónoma surgiu em 1971 com o desenvolvimento do TPM (Total Produtive Maintenance), no
Japão, pelo grupo Toyota.
Com o grande desenvolvimento da tecnologia entre os anos 60 e 70, os
equipamentos necessitavam de cada vez mais manutenção e consequentemente foi necessário aumentar as equipas de manutenção, o que se tornou um problema. Para minimizar esta
situação, com o desenvolvimento do TPM, surgiu a manutenção autónoma, um dos
seus pilares.
A manutenção autónoma veio desenvolver a ligação entre a manutenção e a operação, aproveitando a experiência e o conhecimento que os operadores tinham dos equipamentos para os envolver nas actividades de primeiro nível da manutenção e pequenas reparações. Esta mudança de paradigma da operação veio motivar os operadores para manter os seu equipamentos em perfeitas condições, possibilitando a detecção precoce dos problemas. O desenvolvimento do trabalho de equipa entre a operação e manutenção, permitiu que ambos passassem a falar a mesma linguagem e que trabalhassem com os mesmo objectivos.
Antes
da M.A.
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Depois
da M.A.
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Operação
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A máquina parou chama a
manutenção.
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Vamos manter a máquina a produzir com elevados índices de eficiência e
qualidade.
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Manutenção
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A máquina está reparada a
operação pode produzir
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O trabalho desenvolvido pelos operadores veio libertar os técnicos da manutenção para trabalhos tecnicamente mais evoluídos, técnicas mais avançadas de prevenção e mais tempo para analisar os problemas por forma a poder eliminá-los, assim como trabalhos de melhoria dos equipamentos permitindo aumentar sua fiabilidade e qualidade de produção. Após a implementação da manutenção autónoma verifica-se uma motivação acrescida da manutenção/operação e um desenvolvimento do espírito de equipa, assim como um significativo aumento da disponibilidade dos equipamentos.
Uma análise superficial da implementação da manutenção autónoma pode provocar a percepção errada de que a operação vai ter novas tarefas, o que vai implicar a diminuição do tempo disponível para a produção mas, após as implementações bem sucedidas, conclui-se que os problemas técnicos diminuem e, quando surgem, são eliminados rapidamente, aumentando assim o tempo de disponibilidade dos equipamentos e consequentemente o tempo total de produção.
Os 7 passos para implementar a manutenção autónoma.
Na tabela seguinte, apresento os 7 passos base para implementar a manutenção autónoma. Os 3 primeiros devem ser implementados de forma consecutiva e o mais rapidamente possível, pois após a sua implementação os resultados começam a ser visíveis.
Passo
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Descrição
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1º
Limpeza e inspecção inicial
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Restabelecer
as condições básicas de limpeza e arrumação dos equipamentos e local de
trabalho. Efectua-se a limpeza, inspecção, lubrificação e detectam-se anomalias.
Limpar um equipamento é uma excelente oportunidade para detectar anomalias
camufladas.
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2º
Eliminar as fontes de contaminação e
locais de difícil acesso
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Eliminar as anomalias encontradas no passo anterior, identificar as
dificuldades existentes para executar de uma forma fácil e rápida a limpeza, inspecção e lubrificação. Definir as medidas para eliminar as dificuldades
encontradas e colocá-las em prática.
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3º
Normas de limpeza inspecção e
lubrificação.
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Definir os padrões de limpeza e arrumação, criar folhas provisórias
para normalizar as inspecções, normalmente checklists simples e objectivas.
O grande objectivo é sistematizar toda a limpeza inspecção e lubrificação.
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Os primeiros 3 passos devem ser implementados assim
que possível pois os resultados são imediatos e reduzem substancialmente o
tempo morto dos equipamentos.
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4º
Formação para os operadores
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Definir até que ponto se pretende que os operadores executem a manutenção
dos equipamentos e criar um plano de formação para os operadores dotando-os
de conhecimentos técnicos que lhes possibilitem executar as futuras tarefas
de manutenção.
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5º
Início da manutenção autónoma.
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Verificar e melhorar os padrões criados anteriormente. Executar os
planos de limpeza, inspecção, lubrificação e manutenção de acordo com os novos
pressupostos. É importante na criação dos novos padrões dar um especial
relevo à gestão visual, Ex: definir os limites máximos e mínimos de níveis e
indicadores, marcar posições de sensores para facilmente identificar que não
está no local correto, marcar porcas para identificar algum desaperto, etc.
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6º
Optimização do posto de trabalho.
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Dotar o posto de trabalho e os operadores de meios que possam executar as
suas tarefas de manutenção autónoma de forma fácil e rápida. Definir quais as
ferramentas, utensílios de limpeza e produtos necessários, onde é que ficam
guardados e quem fica responsável por os manter e repor quando necessário.
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7º
Concluir a manutenção autónoma
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Executar a manutenção autónoma na sua plenitude, acompanhar e analisar
continuamente os resultados obtidos e a execução das tarefas. Estar sempre
atento às oportunidades e melhoria e colocá-las em prática.
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